A deputada federal Erika Hilton (PSOL‑SP) usou as redes sociais para convidar o rapper Oruam a se filiar ao PSOL e somar forças na luta contra a violência do Estado. O gesto partiu de um comentário feito a Oruam por um internauta, que sugeriu ao artista que ele “estudasse e se organizasse politicamente para ter mais força e representatividade”.
Hilton, uma das vozes mais influentes da política progressista brasileira, respondeu publicamente:
“Oi Oruam! Muita gente já te indicou leituras importantes, mas a transformação vem, principalmente, da organização coletiva. (…) Se quiser construir junto, tô por aqui. De verdade. Estamos juntos.”
A fala repercutiu nas redes sociais e destacou o papel que figuras da cultura periférica podem exercer na política institucional. Erika reforçou que a mudança social não pode ser apenas individual, mas sim estrutural e coletiva. Ela incentivou o rapper a se aproximar de movimentos populares — em especial os formados por mães e familiares vítimas da violência do Estado e por militantes LGBTQIAPN+, grupo do qual ela mesma faz parte.
Oruam, conhecido por retratar nas músicas a realidade das favelas e a violência policial, ainda não respondeu diretamente à proposta, mas a movimentação em torno do convite mostra a força simbólica e política do diálogo entre artistas e parlamentares progressistas.
Hilton é hoje uma das principais lideranças do PSOL, sendo a primeira pessoa trans a comandar uma bancada partidária na Câmara dos Deputados. Seu convite a Oruam faz parte de uma estratégia mais ampla de abrir espaço para novas vozes no campo político, especialmente aquelas oriundas da periferia, da juventude negra e da cultura urbana.
O episódio levanta um debate importante: como transformar indignação em mobilização? Como fazer com que artistas, com grande alcance nas redes e nas ruas, ajudem a construir mudanças concretas no sistema?
A proposta de Erika Hilton é clara: unir forças para que o grito das quebradas ecoe também nos espaços de poder. Se Oruam aceitar o convite, será um novo capítulo na aproximação entre cultura e política.
Quer entender melhor como funcionam as filiações ao PSOL ou o que Erika defende dentro do partido? Posso te explicar — é só pedir.