Na manhã desta terça-feira (25), a Polícia Civil prendeu Eduardo Alves Coutinho, de 54 anos, condenado a 19 anos de prisão pelo assassinato de sua ex-companheira. Foragido há quase seis anos, ele foi localizado e detido por agentes da 12ª DP (Copacabana) no Centro do Rio de Janeiro.
A operação que levou à captura do criminoso foi resultado de uma investigação minuciosa conduzida pela equipe da delegacia de Copacabana. Segundo os agentes, Coutinho vinha mudando de endereço frequentemente para evitar a prisão, mas informações de inteligência permitiram identificar sua localização exata e realizar a abordagem com sucesso.
Eduardo Alves Coutinho foi condenado pelo crime de feminicídio, ocorrido em 2018, quando tirou a vida de sua ex-companheira de maneira brutal. O caso gerou grande comoção à época, reforçando o debate sobre a violência contra a mulher e a necessidade de medidas mais rigorosas para a proteção das vítimas. Desde então, ele era considerado foragido da Justiça, tendo sua prisão decretada, mas conseguindo se manter escondido por quase seis anos.
De acordo com a Polícia Civil, o criminoso não ofereceu resistência no momento da prisão. Ele foi levado para a 12ª DP, onde passou pelos trâmites legais e, posteriormente, encaminhado ao sistema penitenciário para iniciar o cumprimento da pena de 19 anos de reclusão.
O delegado responsável pela prisão destacou a importância da denúncia anônima e do trabalho de inteligência policial para localizar criminosos foragidos. “Foi um trabalho árduo de investigação e monitoramento. Sabemos que a impunidade fortalece a violência, por isso seguimos empenhados em garantir que condenados pela Justiça sejam presos e cumpram suas penas”, afirmou.
O caso de Eduardo Alves Coutinho reacende a discussão sobre a violência de gênero e a necessidade de ações preventivas e repressivas mais eficazes. Organizações de defesa dos direitos das mulheres ressaltam que a luta contra o feminicídio passa por um conjunto de medidas que envolvem desde a conscientização e educação até políticas públicas de proteção às vítimas.
A prisão de Coutinho representa mais um passo na busca por justiça para as vítimas da violência doméstica e familiar. A Polícia Civil reforça que denúncias sobre casos de agressão e ameaças podem ser feitas de forma anônima pelo Disque-Denúncia (2253-1177) ou em qualquer delegacia especializada no atendimento à mulher.
Com a prisão do condenado, familiares da vítima esperam que, mesmo após anos de fuga, ele finalmente pague pelo crime cometido. “Nada trará nossa querida de volta, mas pelo menos agora sabemos que ele está onde deveria estar desde o início: atrás das grades”, declarou um parente da vítima, emocionado.