Segundo informações o homem conhecido como Doril, ex-miliciano da comunidade do Antares, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi executado após trocar de lado e se aliar ao Comando Vermelho (CV), grupo rival que domina a região da Vila Kennedy (VK).
De acordo com relatos, Doril teria deixado a milícia do Antares para integrar as forças do tráfico na VK, o que causou profunda insatisfação entre antigos comparsas. Traficantes conhecidos como Gardenal e Dudu do Antares teriam se sentido traídos pela mudança e ordenado a sua morte imediata, interpretando o ato como uma afronta e quebra de confiança.
Investigações preliminares indicam que Doril não estaria correspondendo às expectativas dos novos aliados. Fontes da região afirmam que ele não estava colaborando de forma efetiva nas invasões e disputas territoriais promovidas pelo CV contra grupos rivais, o que teria gerado desconfiança também entre os traficantes da Vila Kennedy.
A execução de Doril reforça o clima de tensão e instabilidade que domina as comunidades da Zona Oeste, onde milicianos e traficantes travam uma guerra sangrenta por domínio territorial e controle de atividades ilícitas, como a venda de drogas, extorsões e o comércio clandestino de serviços.
A Polícia Civil ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas moradores relatam que o corpo de Doril teria sido encontrado em uma área dominada pelo tráfico. O episódio evidencia mais uma vez como as alianças entre facções e milícias são frágeis e frequentemente terminam em morte, em meio a uma disputa sem fim pelo poder nas favelas do Rio.