A violência voltou a assustar moradores de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um homem foi executado a tiros em um campo de futebol neste sábado (16), em um ataque realizado por milicianos. Além da vítima fatal, uma segunda pessoa ficou ferida e foi socorrida, mas seu estado de saúde ainda não foi divulgado.
De acordo com informações preliminares, o homem assassinado tinha ligação com o Comando Vermelho da Vila Kennedy, uma das facções criminosas que disputam territórios na região. Nas redes sociais, ele costumava se exibir portando armas, o que pode ter sido um dos fatores que chamaram a atenção de seus algozes.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e investiga a execução. Agentes realizam buscas na tentativa de identificar e capturar os responsáveis pelo crime. A principal linha de investigação aponta para uma ofensiva da milícia, que há anos disputa o controle de áreas estratégicas em Campo Grande e bairros adjacentes com o tráfico de drogas.
CONFLITO ENTRE FACÇÕES E MILÍCIA
A Zona Oeste do Rio de Janeiro tem sido palco de uma guerra intensa entre milicianos e traficantes, com ataques frequentes e execuções sumárias. Facções criminosas como o Comando Vermelho tentam expandir sua influência em territórios dominados pela milícia, que, por sua vez, reage com extrema violência.
O histórico da vítima reforça a hipótese de um acerto de contas. A exposição nas redes sociais com armamento pesado pode ter sido um fator determinante para sua execução. As autoridades alertam que esse tipo de exibição pode colocar alvos em evidência, tornando-os vulneráveis a ataques de facções rivais ou grupos milicianos.
CLIMA DE MEDO NA REGIÃO
A execução no campo de futebol reacendeu o clima de medo entre os moradores. “A gente nunca sabe quando a violência vai bater na nossa porta. É assustador”, disse um comerciante que preferiu não se identificar. Muitas famílias evitam sair de casa à noite e relatam constantes tiroteios na região.
A Polícia Militar reforçou o patrulhamento em áreas consideradas de risco, mas a população segue apreensiva. A guerra entre facções e milicianos continua a transformar Campo Grande em um território de tensão e perigo constante.