O “tribunal do tráfico” fez novas vítimas no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro. Imagens e informações que circulam entre moradores e fontes ligadas à segurança pública revelam a execução de pelo menos seis integrantes da facção Comando Vermelho (CV), acusados de traição, desobediência ou comportamento considerado inadequado dentro da organização criminosa.
Entre os mortos, está Netão, apontado como “frente” — espécie de gerente geral do tráfico — do Morro do Urubu, em Pilares. Ele teria sido julgado e executado pelos próprios comparsas, em uma sessão clandestina promovida pelo CV dentro da comunidade da Penha.
Também foram identificados entre os executados JV, Biruta (que aparece à direita em imagens que circulam nas redes), Shrek e Zé do Macaco. Todos ligados, direta ou indiretamente, à facção que comanda pontos de tráfico em várias regiões do estado.
O chamado “tribunal do tráfico” é u
As mortes desses integrantes chamam atenção por envolverem nomes conhecidos da hierarquia do CV, como é o caso de Netão, cuja liderança no Morro do Urubu já era monitorada pelas forças de segurança. A execução de um “frente” indica possíveis disputas internas ou um movimento da cúpula da facção para reorganizar seus quadros em áreas estratégicas.
Repercussão
A sequência de execuções gerou tensão entre moradores da Penha e Pilares, que relataram aumento no patrulhamento interno dos próprios traficantes, além de ameaças a quem tentasse divulgar informações. Nas redes sociais, imagens dos mortos começaram a circular com alertas e avisos vindos de perfis ligados à criminalidade.
As autoridades ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso. No entanto, fontes extraoficiais indicam que o setor de inteligência da polícia já identificou os corpos e investiga o motivo das execuções, que podem estar ligadas a um possível racha dentro do Comando Vermelho.
Enquanto isso, moradores vivem mais um capítulo de terror imposto pela violência e pela justiça paralela das facções que dominam diversas comunidades do Rio de Janeiro.