(lk) morto no Chapero em Itaguaí
( Lukas, um dos mortos no km40 em Seropédica)
A violência na Baixada Fluminense se intensificou nas últimas 24 horas com o assassinato de quatro milicianos em confrontos atribuídos ao Comando Vermelho (CV). Os casos ocorreram em Seropédica e Itaguaí, em uma escalada de tensão entre facções criminosas rivais.
Na madrugada desta segunda-feira (17), traficantes do CV foram até o KM 40, em Seropédica, e executaram dois milicianos identificados como Lukas e Pepa. O ataque deixou a região em alerta, aumentando o clima de insegurança para os moradores da área.
Esse duplo homicídio ocorreu poucas horas depois de um ataque semelhante em Chapero, uma localidade de Itaguaí. Na tarde de domingo (16), traficantes da comunidade da Reta, também em Itaguaí, invadiram a área da Primavera, em Chapero, e mataram dois milicianos. Um dos mortos foi identificado como LK, cuja foto circula nas redes sociais.
A sequência de assassinatos levanta a suspeita de uma ofensiva coordenada do Comando Vermelho para enfraquecer a atuação da milícia nessas regiões. A guerra entre facções tem se intensificado nos últimos meses, resultando em um aumento expressivo da violência e do número de mortes.
Moradores relatam medo constante e afirmam que as disputas territoriais afetam diretamente a vida da população, que muitas vezes fica refém do poder paralelo imposto pelo crime organizado. O policiamento na região já vinha sendo questionado por sua ineficácia diante do avanço do domínio territorial por criminosos.
Até o momento, as autoridades não divulgaram informações sobre prisões relacionadas aos ataques. No entanto, a tendência é que novos confrontos possam ocorrer nos próximos dias, agravando ainda mais a crise de segurança na Baixada Fluminense.
A guerra entre milicianos e traficantes é um dos maiores desafios da segurança pública no Rio de Janeiro, e os últimos acontecimentos reforçam a necessidade de uma atuação mais efetiva do poder público para conter a escalada de violência. Enquanto isso, a população segue apreensiva, vivendo sob a sombra do medo e da incerteza.