O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) ainda é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais preocupantes do mundo. Apesar dos avanços na medicina e nos tratamentos antirretrovirais, muitas pessoas ainda convivem com o vírus sem saber, o que pode levar à transmissão involuntária e ao agravamento da saúde. O diagnóstico precoce é essencial para garantir qualidade de vida e impedir o avanço para a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
Uma das principais dificuldades no combate ao HIV é que os sintomas podem ser confundidos com outras doenças comuns, como gripe ou infecções virais. Por isso, conhecer os sinais de alerta é fundamental.
Principais sintomas do HIV
Nos primeiros dias após a infecção (fase aguda), algumas pessoas podem apresentar sintomas semelhantes aos de uma gripe forte. Essa fase costuma ocorrer entre 2 a 4 semanas após a exposição ao vírus. Os sintomas mais comuns incluem:
- Febre persistente
- Dor de garganta
- Suores noturnos
- Dor muscular e nas articulações
- Inchaço dos gânglios linfáticos (principalmente no pescoço, axilas e virilha)
- Cansaço excessivo e sem causa aparente
- Manchas avermelhadas ou erupções na pele
- Diarreia prolongada
- Perda de peso repentina e inexplicável
Após essa fase inicial, os sintomas podem desaparecer por anos. Durante esse período, o vírus continua ativo no organismo, danificando progressivamente o sistema imunológico. Quando não tratado, o HIV pode evoluir para a AIDS, que apresenta sinais mais graves como infecções oportunistas (como pneumonia), feridas recorrentes na boca e na pele, e debilidade generalizada.
A importância do teste
A única forma de saber se alguém tem HIV é por meio do teste. Ele é gratuito e sigiloso em postos de saúde e centros de testagem em todo o Brasil. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de controle do vírus com o uso de medicamentos antirretrovirais, que permitem ao paciente viver com saúde e qualidade de vida por muitos anos.
Além disso, o tratamento precoce reduz drasticamente a carga viral no sangue, chegando a níveis indetectáveis. Quando isso acontece, a chance de transmissão do vírus para outras pessoas se torna praticamente nula.
Prevenção ainda é o melhor caminho
O uso de preservativos em todas as relações sexuais é a maneira mais eficaz de prevenir o HIV e outras ISTs. Também existem outras estratégias preventivas, como a PrEP (profilaxia pré-exposição) e a PEP (profilaxia pós-exposição), disponíveis no SUS.
Falar sobre o HIV é fundamental para quebrar tabus, combater o preconceito e salvar vidas. Informação é a maior arma contra o vírus. Faça o teste, proteja-se e incentive outras pessoas a cuidarem da própria saúde.