Um assassinato brutal em plena luz do dia chocou moradores de Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (24). Gabriel Souza dos Santos, de 30 anos, mais conhecido pelo apelido “Maradona”, foi executado a tiros dentro de um carro na Rua Pacheco Rocha, por volta das 9h11.
De acordo com informações preliminares, a vítima foi seguida por um carro e uma motocicleta. Quando parou o veículo próximo ao número 101 da via — ao lado de uma igreja e a apenas 100 metros de uma escola municipal — foi surpreendida por uma sequência de disparos. O ataque aconteceu de forma rápida e precisa, sugerindo execução planejada.
Testemunhas relataram momentos de pânico na rua. O som dos tiros assustou moradores e alunos da escola próxima. Logo após os disparos, os criminosos fugiram do local. Gabriel morreu ainda no banco do motorista, sem chance de reação.
Equipes do 9º BPM (Rocha Miranda) e do Corpo de Bombeiros foram acionadas imediatamente, mas ao chegarem ao local, constataram o óbito. A área foi isolada para realização da perícia técnica, que deve auxiliar nas investigações sobre o crime.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu o caso e já iniciou os procedimentos de apuração. Os agentes buscam câmeras de segurança na região e testemunhas que possam ajudar a identificar os autores da execução. A principal linha de investigação até o momento aponta para um acerto de contas relacionado ao tráfico de drogas.
Segundo fontes da Polícia Civil, “Maradona” era um nome conhecido pelas forças de segurança da região. Ele havia sido preso por envolvimento com o tráfico de entorpecentes e era considerado um elemento de alta periculosidade. O que chama atenção é que Gabriel foi liberado da prisão no dia anterior ao crime, em 23 de junho, após decisão judicial que concedeu o relaxamento de sua prisão.
Outro detalhe que reforça a hipótese de execução planejada é o histórico de trocas de facção por parte da vítima. Gabriel teria migrado entre grupos criminosos rivais ao longo dos últimos anos, o que pode ter motivado represálias. Investigadores acreditam que o ataque pode ter sido uma resposta à sua última mudança de lealdade dentro do mundo do crime.
O caso reacende o debate sobre a escalada da violência ligada ao tráfico na Zona Norte e os riscos de decisões judiciais que colocam criminosos de volta às ruas. A polícia segue em diligência para capturar os envolvidos.