O caso brutal que chocou o estado do Rio de Janeiro ganha contornos ainda mais perturbadores. Segundo informações confirmadas pela Polícia Civil, a namorada virtual do adolescente de 14 anos que assassinou os pais e o irmão mais novo em Itaperuna (RJ) teve participação indireta no crime ao ser informada em tempo real, por meio de chamadas de vídeo, sobre cada homicídio cometido.
A revelação foi feita após depoimentos e análise do celular do jovem. De acordo com a reportagem exibida pelo Cidade Alerta (Record TV), a garota de 15 anos, que vive em outro estado, recebeu ligações sucessivas do autor durante o massacre, sendo atualizada a cada morte praticada.
Ainda segundo a emissora, a polícia descreveu a atitude da menina como fria e chocante. “Ela não demonstrava nenhuma reação de pavor ou reprovação. Estava, segundo os agentes, estarrecida com a frieza do próprio comportamento, pois parecia indiferente ao que estava acontecendo”, relatou o programa.
Fontes como JKnotícias e ClicHoje também reforçam a versão de que a adolescente assistiu parte da ação por chamada de vídeo, ou, no mínimo, manteve contato direto com o autor ao longo de todo o desenrolar do crime, sendo cúmplice moral ou emocional no ato brutal.
O crime aconteceu na última semana, na casa da família, em um bairro residencial de Itaperuna. O garoto de 14 anos utilizou uma arma de fogo pertencente ao pai, que era policial militar reformado. Ele primeiro matou o pai, depois a mãe, e por fim, o irmão de apenas 7 anos. A motivação ainda está sendo investigada, mas os investigadores não descartam influência de jogos violentos, transtornos psicológicos e a relação com a namorada virtual como elementos que contribuíram para o desfecho trágico.
Os agentes trabalham para entender o grau de envolvimento da adolescente. Ela poderá responder por participação no crime, dependendo do que for apurado nos próximos dias. Por enquanto, o caso está sendo tratado como triplo homicídio qualificado, com agravantes como motivo torpe, impossibilidade de defesa das vítimas e frieza na execução.
O autor segue apreendido em uma unidade socioeducativa e, por ser menor de idade, não pode ser responsabilizado criminalmente da mesma forma que um adulto. No entanto, ele pode cumprir medida socioeducativa de até 3 anos, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A população de Itaperuna e de todo o país segue em choque com os detalhes do crime. O caso está mobilizando autoridades, psicólogos e educadores para discutir os limites da influência virtual nas mentes jovens e a necessidade urgente de fiscalização e diálogo familiar.
🛑 O caso segue sob investigação, e novas informações devem ser divulgadas nos próximos dias.