Eis que 2019 respira suas últimas horas, ano em que testemunhamos eventos, ora ruins, ora bons. Sofremos, por exemplo, com o colapso dos hospitais municipais, as ruas repletas de buracos, o transporte precário e o cinismo do poder público de afirmar que tudo estava nos eixos, essas são apenas algumas mazelas com as quais tivemos que conviver. Em detrimento disso tudo, asseveramo-nos o quão tenaz é o carioca, ainda que essa tenacidade se manifeste através da galhofa e criatividade; nosso humor irônico é a nossa maior arma, bem como o sentimento de pertencer à cidade. Toda região do Rio tem do que se orgulhar, e o seu povo o orgulho de bater no peito e afirmar triunfante: “eu sou cria daqui!”. E em se tratando dos campograndenses e moradores periféricos, uma das maiores alegrias do ano foi o renascimento do nosso glorioso “Campusca”.
O Campo Grande Atlético Clube, fundado em junho de 1940, é uma das instituições que mais despertam nos moradores locais o sentimento de pertença, tão importante para identidade e engajamento de uma população. Orgulhosos e com a expectativa de reviver os tempos áureos, cujo auge foi o título da Taça de Prata em 1982, o que hoje seria a série B do Campeonato Brasileiro, os cidadãos do bairro renovaram neste ano a esperança de um futuro promissor. Apesar de inúmeros problemas, podemos classificar a revitalização do “Gigante do Ítalo Del Cima” como marco da retomada de nossa abalada autoestima.
Que assim seja! Porém, independente das vitórias e derrotas experimentadas no ano, o que fará 2020 ser fantástico (no sentido positivo do termo) será, sem dúvida, a transformação pessoal, por isso devemos encarar os eventos ocorridos como aprendizado que nos colocará numa situação melhor a partir do nosso despertar de consciência. Assim, cada um de nós será um cidadão apto a moldar a realidade de nossa região em todos os aspectos.
Portanto, desejamos a todos que 2020 seja um ano em que o crescimento pessoal seja a tônica de um novo tempo, marcado pela alegria, engajamento e amor ao nosso bairro.
Feliz Ano Novo, campograndenses!
Dá-lhe Campusca!
Por Francisco Vaz