MP FISCALIZA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DO GUANDU
Promotores do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema) do Ministério Público estadual (MPRJ) realizaram uma fiscalização, nesta segunda-feira, na Estação de Tratamento de Água do Guandu. Técnicos das Vigilâncias Sanitárias estadual e municipal, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Fiocruz e representantes da Agenersa (Agência Reguladora) também participaram da ação.
Todos os órgãos coletaram amostras de água em diferentes pontos, da captação ao pós-tratamento, e os resultados devem ficar prontos mnos próximos dias. Os promotores buscam respostas para as condições de turbidez, odor e sabor da água fornecida. A partir dos resultados das análises, o Gaema vai definir os desdobramentos e as ações cabíveis.
Segundo o MPRJ, a Cedae reafirmou que o seu monitoramento aponta que a água está dentro do padrão de potabilidade e na vistoria, visualmente, nenhuma irregularidade foi constatada. O que irá provar, porém, se a água está efetivamente própria para consumo são as análises realizadas hoje, além das que serão realizadas ao longo do sistema de distribuição. Os promotres irão solicitar à estatal que os laudos do sistema de monitoramento sejam divulgados a toda população.
O MPRJ expediu recomendação, direcionada à presidência da Cedae, para fins de transparência aos laudos de potabilidade, especialmente os produzidos desde o dia 1° de janeiro. A fiscalização também foi acompanhada pelos professores Gandhi Giordano e Adacto Ottoni, ambos do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Faculdade de Engenharia da Uerj.
— Não adianta só a Cedae ficar falando que a água está potavel. Ela precisa apresentar todos os dados de laboratório, com os parâmetros exigidos — afirmou Adacto, que destacou que qualquer opinião sobre a qualidade da água antes dos laudos seria especulação. — Não é toda a água que está turva na estação, mas isso não é conclusivo. Precisamos dos resultados da análise.
O professor explicou que foram coletadas amostras nas estações novas e antigas da CEDAE, no Rio Guandu e no reservatório de distribuição de Marapicu.