Um crime brutal chocou moradores da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira, 23 de julho de 2025. A Polícia Militar foi acionada após denúncias de um casal encontrado inconsciente dentro de um carro estacionado na Rua Conde de Bonfim, uma das vias mais movimentadas do bairro. Ao chegarem ao local, os agentes se depararam com uma cena de horror: a mulher já estava sem vida, e o homem gravemente ferido por disparo de arma de fogo.
A vítima foi identificada como Mariela Amado Vieira, de 44 anos. Segundo informações confirmadas pela Polícia Militar e por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), Mariela apresentava marcas visíveis de estrangulamento, o que reforça a hipótese de assassinato premeditado. Ao lado dela, estava o marido, Paulo Roberto Esteves de Mendonça, de 43 anos, com um ferimento de bala na cabeça.
Paulo chegou a ser socorrido por equipes do Corpo de Bombeiros e foi levado às pressas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro da cidade. No entanto, ele não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois de dar entrada na unidade hospitalar, de acordo com fontes médicas.
No local do crime, os peritos apreenderam uma pistola calibre .45, que teria sido usada tanto no homicídio quanto no suicídio. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu o caso e trabalha com a principal linha de investigação de feminicídio seguido de suicídio. Segundo relatos preliminares, Paulo Roberto teria estrangulado Mariela até a morte, disparado contra sua cabeça e, em seguida, tirado a própria vida.
Testemunhas relataram que o casal aparentava ter uma relação conturbada, com possíveis episódios de violência doméstica, embora ainda não haja registros oficiais de denúncias. Vizinhos da rua ficaram abalados com a tragédia e afirmaram que o veículo ficou estacionado por horas no mesmo local antes da chegada da polícia.
O crime reacende o alerta sobre a violência contra a mulher e os índices crescentes de feminicídio no estado do Rio de Janeiro. Autoridades reforçam a importância da denúncia em casos de violência doméstica, que podem ser feitas de forma anônima pelo telefone 180.
O corpo de Mariela foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exames complementares. A investigação segue em andamento, e a polícia busca ouvir familiares e testemunhas que possam esclarecer a dinâmica e os antecedentes do crime.