Em uma declaração que chocou a comunidade internacional, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em entrevista à ABC News que “não descarta” a possibilidade de eliminar o líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei. A justificativa apresentada pelo premiê israelense é que esse ato “não escalaria o conflito, mas o encerraria de forma definitiva.”
A fala de Netanyahu foi dada em meio ao acirramento das tensões entre Israel e o Irã, num momento em que a retórica bélica tem crescido consideravelmente. “Se você quer acabar com a guerra, acabe com o líder da guerra”, declarou ele à emissora americana.
Durante a mesma entrevista, Netanyahu fez uma comparação direta entre os cientistas nucleares iranianos e os responsáveis pelo projeto nuclear nazista, referindo-se a eles como “a equipe nuclear de Hitler”. O premiê afirmou que o programa nuclear iraniano representa uma ameaça real e comparável à que o mundo enfrentou durante a Segunda Guerra Mundial.
“Estamos lidando com uma ameaça existencial. Não podemos permitir que um regime como o iraniano tenha acesso a armas nucleares. A liderança atual do Irã precisa ser responsabilizada pelos seus atos — e isso inclui Khamenei”, enfatizou Netanyahu.
🔹 Trump teria barrado plano semelhante
Ainda segundo informações divulgadas pela imprensa internacional, um plano semelhante para eliminar Khamenei teria sido barrado pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, durante seu mandato. Fontes revelaram que Israel teria levado a proposta à Casa Branca, mas o então presidente optou por não autorizá-la, alegando riscos de uma escalada incontrolável.
Netanyahu, por outro lado, sustenta que essa ação seria “cirúrgica” e traria estabilidade: “Eliminar Khamenei não traria caos, traria paz. Não se trata de escalar o conflito, mas de encerrá-lo ao neutralizar quem o comanda.”
🔹 Repercussão internacional
A declaração gerou forte reação no Oriente Médio, com autoridades iranianas classificando as palavras como uma “ameaça terrorista de Estado” e prometendo retaliações caso qualquer tentativa seja feita contra seu líder.
Já em Israel, setores conservadores aplaudiram a firmeza de Netanyahu, enquanto opositores alertaram para os riscos de iniciar uma guerra de larga escala com o Irã e seus aliados na região.
Conclusão:
A fala do primeiro-ministro israelense marca um novo patamar na escalada retórica entre Israel e Irã. Ao não descartar a eliminação de Khamenei e comparar o programa nuclear iraniano ao nazismo, Netanyahu lança ao mundo um alerta: o Oriente Médio pode estar à beira de uma decisão com consequências históricas.