O balanço divulgado pelo Comitê Olímpico Rio 2016 mostra que os Jogos do Rio deram prejuízo de R$ 132 milhões. O dados são relativos ao período pré e pós jogos até o mês de dezembro do ano passado. Para a realização do evento esportivo houve um gasto total de cerca de R$ 3 bilhões. O déficit, significa 1,5% da verba investida pela iniciativa privada na Olimpíada e pelas instâncias públicas nos jogos Paraolímpicos.
Desde janeiro, o Comitê negociou cerca de R$ 15 milhões do déficit. Segundo o balanço, a maior parte da dívida é para fornecedores do jogos Paraolímpicos. De acordo com o Rio2016 havia a necessidade de reduzir o tamanho do evento, por falta de recursos. A medida foi recusada pelo Comitê Olímpico Internacional e também pelo presidente Michel Temer, que decidiu em, um comunicado interno, por manter o tamanho do evento.
Para isso o executivo federal garantiu um repasse de R$ 250 milhões, que seriam divididos entre os diferentes níveis de administração. Desse total, R$ 150 milhões deveriam ter sido investidos pela prefeitura do Rio, à época dirigida por Eduardo Paes, do PMDB. A administração municipal repassou apenas com R$ 30 milhões. Uma parcela do Governo Federal em forma de patrocínio também não foi desembolsado e, no total, os entes públicos acumulam mais de R$ 170 milhões em dívidas ao Comitê Rio 2016.
Outra explicação para o passivo é em relação ao centro de mídia, o IBC. Segundo a Rio2016, em 10 de fevereiro de 2015, foi assinado entre o Comitê e a Prefeitura um acordo que estabelecia a “obrigação do executivo municipal em garantir o fornecimento de energia”, o que não foi feito e onerou o comitê em cerca de R$ 200 milhões. Caso as dívidas não sejam sanadas, por contrato, cabe ao Governo Estadual e a Prefeitura do Rio cobrir os passivos com os fornecedores do Jogos.