A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou neste sábado (4) uma grande operação contra a produção e venda de bebidas alcoólicas adulteradas, em uma ação que mobilizou dezenas de agentes e peritos em toda a Região Metropolitana.
Conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), a operação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em endereços da capital e da Baixada Fluminense. Milhares de garrafas suspeitas de conter metanol, uma substância altamente tóxica e potencialmente letal, foram apreendidas.
Durante a semana, mais de 30 estabelecimentos — entre depósitos, bares e distribuidoras — foram vistoriados pelos investigadores. Em muitos deles, os agentes encontraram bebidas vencidas, armazenadas de forma irregular e com indícios de adulteração.
Seis pessoas foram conduzidas à delegacia e deverão responder pelos crimes de falsificação de produtos alimentícios e contra as relações de consumo, previstos no Código Penal. As penas podem chegar a 15 anos de prisão, dependendo da gravidade e do risco à saúde pública.
As autoridades reforçam que o consumo de bebidas adulteradas pode causar cegueira, coma e até a morte, especialmente em casos de contaminação por metanol.
De acordo com a Polícia Civil, não há registros confirmados de intoxicação no Rio de Janeiro até o momento, mas o alerta foi emitido para toda a população.
Os investigadores pedem que os consumidores verifiquem rótulos, procedência e lacres antes de comprar bebidas, principalmente em promoções ou pontos de venda duvidosos. As investigações continuam para identificar os principais fornecedores e laboratórios clandestinos responsáveis pela produção das bebidas falsificadas.