O cabo da Polícia Militar Vinicius Rodrigues Pacheco, lotado no 41º BPM (Irajá), se entregou à polícia após ser apontado como o autor dos disparos que mataram o pintor Jorge Mauro Ruas de Paiva durante um pagode em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
O crime ocorreu no último fim de semana, em um bar da região, onde acontecia uma roda de samba. Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que o policial, fora de serviço, atira à queima-roupa contra Jorge Mauro. O vídeo mostra a vítima sendo surpreendida pelo atirador, sem chance de defesa ou qualquer sinal de confronto prévio.
A família de Jorge Mauro afirma que ele não conhecia o PM e que não houve nenhum desentendimento no local naquela noite. Segundo parentes e testemunhas, o pintor estava apenas se divertindo com amigos e não teve qualquer tipo de contato com o agressor antes dos tiros. Para os familiares, o crime foi um ato aleatório e covarde.
Apesar disso, a investigação da Polícia Civil trabalha com a hipótese de que a motivação do assassinato tenha origem em uma confusão antiga. De acordo com as autoridades, os dois teriam se desentendido há cerca de dois meses, em outro bar da região. Não está claro o que teria ocorrido na ocasião, mas investigadores avaliam se o PM teria agido por vingança.
O cabo Vinicius Rodrigues se apresentou espontaneamente em uma unidade da corporação após a repercussão do caso e já está à disposição da Justiça. A Corregedoria da Polícia Militar acompanha o caso e instaurou um procedimento disciplinar para apurar a conduta do policial, que poderá ser expulso da corporação, além de responder criminalmente.
O caso gerou revolta nas redes sociais e entre moradores de Nova Iguaçu. Amigos da vítima, de 37 anos, destacam que Jorge Mauro era um homem trabalhador, querido por todos, e que deixa filhos e familiares inconsoláveis.
A família pede justiça e reforça que o pintor não tinha envolvimento com nenhum tipo de crime ou confusão. “Ele foi assassinado de forma covarde. Queremos que esse policial pague por tudo que fez”, declarou um parente.