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O prefeito Marcelo Crivella afirmou, nesta sexta-feira, que pretende armar um grupamento da Guarda Municipal ainda este ano. A afirmação foi feita durante durante discurso na Maternidade Municipal Paulino Werneck na Ilha do Governador, onde lançou a pedra fundamental para a reabertura da unidade que está fechada há 7 anos, a intenção do prefeito é que esse grupo da Guarda substitua policiais militares em áreas estratégicas, e deu como exemplo, o Pão de Açúcar.
“Agora é pensar na Guarda. Se a Câmara aprovar (o projeto de lei enviado pela prefeitura para o Legislativo sobre o armamento da corporação). Na hora que a Guarda estiver armada, policiais militares não precisarão ficar ali no Pão de Açúcar, por exemplo, tomando conta de turistas, o que é muito importante. Poderão ser usados em áreas de risco da cidade“, comentou Crivella.
Segundo a assessoria do prefeito, esse foi um dos temas tratados com o presidente Bolsonaro durante sua passagem ao Rio, no início desta semana.
Na Câmara, o projeto seria votado em 27 de novembro do ano passado, mas foi adiado devido a emendas. O vereador Jones Moura (PSD), autor da proposta, já realizou quatro audiências públicas sobre o tema, que deve ser votado um dia depois do fim do recesso, em 17 de fevereiro. Por meio de nota, Jones Moura disse já ter conseguido os votos necessários para aprovação, 2/3 da Câmara.
“Passamos o recesso tendo diversas reuniões com o governo para viabilizar o armamento da Guarda Municipal já para este primeiro semestre. O Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 23/2018, que autoriza o armamento da Guarda, retornará para votação no plenário da Câmara logo após o recesso, para votação em primeiro e segundo turnos. Já temos os 34 votos necessários (2/3) para aprovação. O que causou empecilho para não ter sido aprovado no ano passado foram as discussões sobre emendas apresentadas. Mas isso já está pacificado entre os vereadores e poderemos, enfim, aprovar o projeto, que trará um policiamento de presença inicialmente para os pontos turísticos de maior movimentação na Cidade do Rio de Janeiro” – disse o vereador.
De acordo com reportagem do Jornal O Globo, em novembro, o município estudava como custear a formação e os novos equipamentos dos agentes, apesar de o assunto dividir a Câmara. A ideia é utilizar recursos federais do Fundo Nacional de Segurança Pública na compra das armas e até no treinamento dos guardas.
A quantidade de agentes que poderão ser treinados a usarem armas letais ainda é uma incógnita, e por isso, não há uma previsão do valor necessário para capacitar cada guarda. O que já está sendo estudado é o curso de treinamento. Seriam 600 horas de aulas, sendo metade relacionada às armas, divididas em 30 disciplinas.