O motorista de aplicativo Elson José Meneses da Silva, de 55 anos, foi identificado, nesta quinta-feira, pela Polícia Civil de atropelar e matar Míriam de Moura, de 60 anos, e os dois netos, Raphael, de 5 anos, e Kaio, de 7, quando saíam de uma igreja em Sulacap, na Zona Oeste, na semana passada. A idosa e seus netos foram atingidos na Estrada do Catonho, altura do número 1.284. Meneses foi conduzido para a 33ª DP (Realengo).
Segundo a Polícia Civil, Meneses — que é aposentado e trabalha como motorista de aplicativo — foi identificado após uma semana de análises de câmeras de segurança do entorno de onde aconteceu o atropelamento. Depois de identificar o modelo do veículo que o aposentado dirigia, um Renault Logan, os policiais receberam a denúncia de que um carro do mesmo modelo estava em uma oficina mecânica em Senador Camará, também na Zona Oeste da cidade.
No local, de acordo com o delegado da 33ª DP, Roberto Ramos, Meneses mentiu sobre o motivo dos danos ao automóvel. Ele disse que o carro havia sido atingido por um caminhão, e não que ele havia atropelado uma pessoa. O delegado conta que, ao chegar no mecânico, o veículo já estava desmontado.
— O carro foi encontrado já desmontado no mecânico, no entanto, a perícia foi feita e é (o carro) compatível com o atropelamento. O motorista será indiciado, mas, de acordo com a legislação, poderá responder em liberdade — contou.
No dia em que atropelou Miriam e os netos, Meneses acabava de fazer uma viagem. Elson prestou depoimento, nesta quinta-feira, e foi liberado. Ele vai responder o processo em liberdade.
— Fiquei com medo de ser linchado. Era de noite, estava escuro. Eu não estava a uma velocidade tão alta. Estava a cerca de 60 quilômetros, e também não vi as crianças. Só vi um vulto. Achei que era só uma pessoa — contou Meneses.
O aposentado vai responder por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, e fraude processual, por tentar fazer com que o veículo não fosse descoberto.