FUGITIVOS DO REGIME SEMI ABERTO COMANDAM GUERRA DE FACÇÕES NO LEME
Disque-Denúncia oferece recompensa por 3 criminosos à frente de batalha por comando da Babilônia, segundo a polícia. Em 2017, 1.066 presos se aproveitaram de benefício para fugir.
Os tiroteios que assustam há uma semana os bairros do Leme e de Copacabana pelo controle da venda de drogas no Morro da Babilônia são comandados por traficantes de duas facções que deixaram a cadeia pela porta da frente.
De acordo com investigações da polícia, os criminosos conhecidos como Léo do Dique, Léo Marrinha e Cara Preta se aproveitaram do regime semiaberto, deixaram o presídio durante do dia e nunca mais voltaram. Agora, chefiam a disputa que tem assustado moradores da Zona Sul do Rio, segundo investigadores.
O Disque-Denúncia – (21) 2253-1177 – oferece recompensa de R$ 1 mil para quem der informações que levam à prisão de um deles.
“Os apenados descobriram uma brecha no sistema penal, uma brecha que viabiliza que eles consigam efetuar o que se chama fuga pela porta da frente. Ou seja, aproveitar de um benefício que a lei prevê e através desse benefício conseguir sua liberdade de forma indevida, de forma prematura. Já se deixou de ser uma brecha pra se tornar uma verdadeira cratera”, diz o promotor André Guilherme de Freitas.
Leandro Braz Rodrigues
38 anos
Léo do Dique
foragido desde 2012
Leonardo Serpa de Jesus
41 anos
Léo Marrinha
deixou a cadeia em 2016
Paulo Roberto da Silva Taveira
34 anos
Cara Preta
saiu da prisão em 2015
Os Léos, do Dique e Marrinha, são da facção Comando Vermelho e segundo a polícia foram escolhidos pela quadrilha para tentar retomar o Morro da Babilônia, perdido para o Terceiro Comando Puro em abril passado. As comunidades do Chapéu Mangueira e da Babilônia, ambas no Leme, são as únicas nas mãos do TCP em toda a Zona Sul.
Para os investigadores, os dois traficantes voltaram a comandar a venda de drogas no Morro do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, e tentam invadir os morros do Leme, dominados pela facção rival.
A presença deles, ainda segundo policiais, também serve para impedir ataques contra as comunidades que dominam atualmente: Pavão-Pavãozinho e Ladeira dos Tabajaras, por exemplo.
Créditos: G1 Rio
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