O consumo da tadalafila, medicamento usado principalmente no tratamento da disfunção erétil, disparou no Brasil na última década. Segundo dados de mercado, as vendas cresceram impressionantes 20 vezes nos últimos 10 anos, estabelecendo um novo recorde no país.
A substância, que também é indicada para tratar hipertensão arterial pulmonar e hiperplasia prostática benigna, tornou-se mais acessível após a quebra de patente e a entrada dos genéricos no mercado. A popularização dos tratamentos com preços mais baixos e o aumento da busca por qualidade de vida e desempenho sexual contribuíram diretamente para o crescimento exponencial.
De acordo com especialistas, a quebra de tabus e o maior acesso à informação ajudaram a tornar o uso do medicamento mais comum, inclusive entre homens jovens, que muitas vezes recorrem à tadalafila sem necessidade médica. O remédio, originalmente criado para tratar problemas circulatórios, atua relaxando os vasos sanguíneos e facilitando o fluxo sanguíneo, especialmente na região genital.
O aumento expressivo nas vendas também levanta um alerta: o uso indiscriminado e sem orientação médica pode trazer riscos à saúde, como dores de cabeça, alterações na visão e até problemas cardíacos em casos específicos. A automedicação e o uso recreativo vêm preocupando médicos, que alertam para os perigos da banalização do medicamento.
Ainda assim, a tendência é de crescimento contínuo. Farmácias e laboratórios já apostam em novas versões e embalagens para atender à demanda cada vez maior. A tadalafila virou símbolo de uma mudança de comportamento e, ao que tudo indica, continuará ganhando espaço nas prateleiras e na rotina de muitos brasileiros.