A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte de dois policiais civis na cidade de Mesquita, localizada na Baixada Fluminense. O caso, ocorrido na noite da última segunda-feira (17), chocou moradores da região e levantou questionamentos sobre as circunstâncias do ocorrido.
De acordo com informações preliminares, o agente Luciano do Nascimento Costa, de 48 anos, teria matado Gabriele Ferreira Santos, de 26 anos, antes de tirar a própria vida. O casal era namorado, conforme relatos de vizinhos. O crime aconteceu no apartamento de Gabriele, situado no bairro Cosmorama.
Segundo o registro da ocorrência feito pela Polícia Militar, vizinhos ouviram uma discussão intensa entre o casal por volta das 23h. Logo depois, disparos foram registrados. Primeiro, dois tiros foram ouvidos, seguidos por gritos da jovem pedindo socorro. Em seguida, mais quatro tiros foram disparados e o silêncio tomou conta do local. Assustados com a situação, os vizinhos acionaram a Polícia Militar imediatamente.
Agentes do 20º BPM (Mesquita) foram enviados à residência e, ao chegarem, encontraram os dois policiais sem vida. O apartamento foi isolado para a realização da perícia técnica, que deve ajudar a esclarecer detalhes sobre a dinâmica dos fatos.
A Polícia Civil informou, por meio de nota, que diligências estão sendo conduzidas para esclarecer as circunstâncias das mortes. A investigação está sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que busca entender o que motivou a tragédia e se havia histórico de conflitos entre o casal.
Os corpos de Luciano e Gabriele foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) de Nova Iguaçu, onde passarão por exames necroscópicos. Familiares das vítimas também serão ouvidos para auxiliar nas investigações.
O caso levanta um alerta sobre a violência doméstica, mesmo entre agentes da lei. Especialistas destacam que o estresse da profissão policial, aliado a possíveis questões pessoais e psicológicas, pode ser um fator de risco para situações como essa. Por isso, é essencial que haja suporte emocional e psicológico para profissionais da segurança.
A morte do casal gerou grande comoção entre amigos e colegas de corporação. Nas redes sociais, diversos policiais prestaram homenagens e lamentaram o ocorrido. “Uma tragédia sem tamanho. Que Deus conforte as famílias”, escreveu um colega de Gabriele. “Precisamos cuidar da nossa saúde mental. Nada justifica um fim tão trágico”, comentou outro policial.
Enquanto as investigações continuam, a comunidade de Mesquita e a corporação aguardam respostas sobre o que levou a esse desfecho fatal. A tragédia reforça a necessidade de mais atenção para questões emocionais e psicológicas dentro das forças de segurança, buscando evitar novos episódios semelhantes no futuro.