Em uma decisão que promete estremecer os pilares do comércio global, o Parlamento do Irã aprovou nesta manhã uma medida radical e histórica: o fechamento do Estreito de Ormuz, um dos corredores marítimos mais estratégicos do planeta. Essa movimentação representa um duro golpe para a economia mundial, especialmente no que se refere ao fornecimento de petróleo e gás natural.
O Estreito de Ormuz é uma faixa de mar com aproximadamente 50 km de largura, situada entre o Irã e Omã, que serve como passagem obrigatória para cerca de 20% de todo o petróleo comercializado no mundo. Diariamente, mais de 20 milhões de barris de petróleo passam por ali, provenientes principalmente da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Iraque e do próprio Irã.
A medida do governo iraniano, aprovada por ampla maioria no parlamento, é considerada uma resposta direta às recentes sanções impostas por países ocidentais, especialmente os Estados Unidos, além da escalada de tensões militares na região do Golfo Pérsico. O Irã alega estar se defendendo de agressões econômicas e militares e afirma que o fechamento do estreito é um ato de soberania e legítima defesa.
Impactos globais imediatos
A decisão iraniana provocou uma reação instantânea nos mercados internacionais. O preço do barril de petróleo disparou, com o tipo Brent ultrapassando os US$ 110 nas primeiras horas após o anúncio. Bolsas de valores em Tóquio, Londres e Nova York também registraram quedas expressivas, com o setor de transporte, aviação e logística sendo duramente afetado.
Especialistas alertam que, se a interrupção se mantiver por mais de 72 horas, o impacto será sentido nos postos de combustíveis de diversos países, incluindo o Brasil. O risco de desabastecimento pode levar ao racionamento e aumento nos preços dos combustíveis e da energia, além de influenciar diretamente os custos do transporte e alimentos.
Ameaça ao capitalismo?
Mais do que uma crise energética, analistas apontam que o fechamento do Estreito de Ormuz pode desencadear uma crise sistêmica no modelo capitalista global, baseado na circulação constante de energia, mercadorias e capitais. Países dependentes do petróleo do Oriente Médio, como Japão, Coreia do Sul, Índia e a maioria da Europa, já estudam planos de contingência.
Enquanto isso, os EUA e aliados ocidentais se reúnem de forma emergencial na OTAN para discutir possíveis respostas diplomáticas — e até militares — à decisão iraniana. Fontes de Washington indicam que ações militares para garantir a reabertura da passagem não estão descartadas.
A situação é extremamente delicada e pode ser o início de um conflito regional com repercussões globais, afetando diretamente o equilíbrio político e econômico do século XXI.
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