Uma declaração polêmica feita nesta terça-feira (10) pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, gerou grande repercussão internacional. Segundo ela, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “não tem medo de usar recursos militares e econômicos” contra o Brasil, caso considere necessário para “proteger a liberdade de expressão”.
A afirmação foi feita durante uma coletiva de imprensa em Washington e imediatamente chamou a atenção de autoridades e analistas políticos. Embora Leavitt não tenha detalhado em que circunstâncias o governo norte-americano poderia intervir, a fala foi interpretada como um recado direto ao Brasil, onde discussões sobre liberdade de expressão e regulamentações das redes sociais vêm dominando o cenário político.
Especialistas em relações internacionais avaliam que o tom da porta-voz é incomum e pode elevar a tensão diplomática entre os dois países. “É raro um porta-voz oficial mencionar explicitamente a possibilidade de uso de recursos militares contra uma nação considerada parceira estratégica”, afirmou um professor de política externa.
Até o momento, o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente sobre a declaração. Nos bastidores, no entanto, diplomatas demonstraram surpresa e preocupação com o impacto que a fala pode causar na relação bilateral.
A comunidade internacional também observa com cautela. Organizações multilaterais devem cobrar esclarecimentos da Casa Branca nos próximos dias. Para analistas, a fala de Leavitt pode ser parte de uma estratégia política interna de Trump, buscando fortalecer sua imagem de liderança firme, mas coloca em xeque a estabilidade diplomática com um dos principais países da América Latina.
O episódio reacende o debate sobre os limites da política externa dos Estados Unidos e o impacto de discursos mais agressivos em um cenário global já marcado por tensões.