Um crime brutal chocou Angra dos Reis na noite de domingo (31), quando o policial civil Elber de Freitas Fares, de aproximadamente 50 anos, foi executado a tiros logo após sair de uma igreja acompanhado do filho. O caso ocorreu por volta das 20h30, na Rua Presidente Castelo Branco, no bairro Balneário, e está sendo investigado como uma emboscada cuidadosamente planejada.
Segundo informações, o agente, lotado na 166ª Delegacia de Polícia, foi surpreendido por criminosos enquanto abria a porta de seu carro. Armados, os executores dispararam contra ele, que foi atingido por três tiros — dois no abdômen e um no pescoço. O filho, que presenciou toda a cena, não foi ferido fisicamente, mas ficou em estado de choque.
A principal linha de investigação aponta para uma possível retaliação do crime organizado contra o trabalho da Polícia Civil na região. O nome do traficante Pablo Miguel Rodrigues Pereira, conhecido como “Bigode”, líder do Comando Vermelho na comunidade de Santa Rita do Bracuí, surge como o principal mandante do ataque.
De acordo com fontes policiais, “Bigode” já havia ameaçado agentes da 166ª DP em publicações nas redes sociais, afirmando: “vai morrer todos, o sangue vai escorrer”. Entre os nomes citados nas intimidações estava o do próprio Elber. Contra o criminoso existem mandados de prisão por tráfico de drogas, homicídio qualificado, ocultação de cadáver e organização criminosa.
A execução de Elber é considerada não apenas um ataque à sua vida, mas uma afronta direta ao Estado e às forças de segurança. A Polícia Civil classificou o caso como uma tentativa de intimidar o trabalho policial na região, onde operações recentes vinham desarticulando o tráfico de drogas.
A morte do policial provocou comoção entre familiares, amigos e colegas de profissão, que lamentaram a perda e cobraram justiça. Para a corporação, o crime evidencia os riscos enfrentados diariamente por aqueles que atuam na linha de frente contra o crime organizado.
Equipes da Polícia Civil seguem em diligências na busca pelos envolvidos na emboscada. A expectativa é de que novos desdobramentos ocorram nos próximos dias, com o cerco se fechando contra os criminosos.
A execução de Elber de Freitas Fares deixa marcada mais uma noite de violência em Angra dos Reis e acende o alerta sobre a escalada da ousadia de facções criminosas no estado do Rio de Janeiro.