Nesta quarta-feira (23), Bia Lula, neta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gerou repercussão nas redes sociais ao publicar um vídeo no qual critica duramente a postura dos Estados Unidos em relação ao Brasil. Em tom de protesto, ela atacou a recente tarifa imposta pelos EUA contra produtos brasileiros e afirmou que o Brasil é “explorado pelos americanos há 500 anos”.
A fala de Bia Lula logo viralizou, principalmente pela polêmica em torno da cronologia histórica. Isso porque os Estados Unidos só se tornaram um país independente em 4 de julho de 1776, ou seja, há 249 anos — portanto, não existiam como nação há 500 anos.
A declaração da neta do presidente rapidamente provocou reações nas redes, com muitos internautas apontando o erro histórico. Outros, porém, defenderam que a jovem usou uma “figura de linguagem” para criticar o histórico de exploração colonial enfrentado pelo Brasil e outros países da América Latina por potências estrangeiras, incluindo os EUA nas últimas décadas.
Tarifas e tensões
A crítica de Bia Lula surgiu após a Casa Branca anunciar a aplicação de tarifas sobre o aço brasileiro, medida que afetará exportações do Brasil. A justificativa americana é a “proteção da indústria nacional”, mas analistas afirmam que a medida pode prejudicar as relações comerciais entre os dois países.
O vídeo de Bia Lula também mencionou a dependência econômica do Brasil em relação aos EUA e fez um apelo por maior “soberania nacional” e “resistência ao imperialismo”. Ela também usou o termo “neocolonialismo” para se referir à influência econômica e política dos Estados Unidos na América do Sul.
Repercussão política
A publicação foi criticada por opositores do governo, que acusaram a jovem de desconhecimento histórico. Já aliados minimizaram o erro e destacaram a importância do debate sobre a relação Brasil-EUA.
Apesar da polêmica, o governo federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre o vídeo da neta do presidente.
O episódio reaqueceu o debate sobre a presença econômica e política dos Estados Unidos no Brasil e na América Latina, num momento em que as tensões comerciais entre os países voltam a crescer.