Um grave caso de homofobia e violência ocorreu neste domingo (data a ser atualizada) durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, na Neo Química Arena, em São Paulo. Um casal gay, torcedor do Corinthians, foi ameaçado por outros corinthianos ao ser identificado como namorado nas arquibancadas do setor leste inferior do estádio.
Segundo testemunhas, o casal foi hostilizado por um grupo de torcedores assim que se abraçou e trocou um beijo discreto para comemorar um lance do jogo. O clima de hostilidade rapidamente escalou: os dois foram ameaçados de morte e, diante da tensão e medo, foram forçados a deixar o estádio antes do fim da partida, sob vaias e gritos homofóbicos.
Vídeos registrados por outros torcedores mostram parte da confusão e a saída do casal, visivelmente abalado. Em alguns trechos, é possível ouvir ameaças como “vocês vão morrer” e “isso aqui não é lugar pra viado”, ditas por outros membros da própria torcida corinthiana.
Até o momento, nenhum agressor foi identificado oficialmente, e não houve registro policial divulgado. A assessoria do Corinthians ainda não se pronunciou sobre o caso, que tem gerado repercussão e indignação nas redes sociais. Diversos internautas exigem uma resposta firme do clube e medidas concretas contra a homofobia, como punições aos envolvidos e políticas de acolhimento às vítimas.
O Corinthians, que historicamente se posiciona contra o preconceito em campanhas institucionais, já declarou em outras ocasiões que “o clube é de todos”, mas agora é cobrado a agir na prática diante da violência que partiu de dentro de sua própria torcida.
Entidades LGBTQIA+ e movimentos antifascistas ligados ao futebol também se manifestaram, prestando solidariedade ao casal e convocando atos contra a homofobia no esporte.
O caso escancara o preconceito ainda presente nos estádios brasileiros e a urgência de ações efetivas para garantir que torcedores LGBTQIA+ possam viver sua paixão pelo futebol com segurança e respeito. A homofobia no futebol é crime, e, segundo a Lei 7.716/89, as ameaças podem ser enquadradas como crime de ódio, com penas de reclusão.
A repercussão do episódio pode pressionar o Corinthians e outras entidades do futebol a reverem seus protocolos de segurança e reforçarem campanhas de combate à intolerância nos estádios.