Uma tragédia abalou o município de Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco. A estudante Alícia Valentina, de apenas 10 anos, morreu após ser espancada por colegas dentro da Escola Municipal Tia Zita. O caso, que ganhou repercussão nacional, levanta sérias questões sobre segurança, negligência e a responsabilidade da rede escolar no cuidado com os alunos.
Segundo relatos da família e informações confirmadas pela imprensa local, a sequência de acontecimentos começou ainda na escola, quando Alícia foi agredida e apresentou sangramento nasal. Funcionários do colégio a levaram até o hospital da cidade, onde recebeu atendimento inicial e foi liberada em seguida.
Em casa, no entanto, a situação se agravou. A menina passou a apresentar sangramento pelo ouvido, sendo levada a um posto de saúde. Novamente, foi atendida e liberada, sem encaminhamento para exames mais detalhados.
Pouco tempo depois, o quadro clínico piorou de forma significativa. A menina vomitou sangue e precisou ser levada às pressas ao hospital local. Diante da gravidade, foi transferida primeiro para Salgueiro e, posteriormente, para o Hospital da Restauração, no Recife. Apesar dos esforços médicos, teve morte encefálica confirmada.
A família reforçou que, após o espancamento, funcionários da escola levaram a criança ao hospital justamente por causa do sangramento no nariz, fato que já havia sido noticiado por veículos de imprensa como CBN Recife, Correio 24 Horas e Blog Nossa Voz. A confirmação elimina dúvidas sobre as circunstâncias iniciais do caso, mostrando que desde o primeiro momento havia sinais claros da gravidade das agressões.
A morte de Alícia provoca forte comoção e indignação. Organizações de defesa da infância e especialistas em educação cobram apuração rigorosa não apenas das agressões sofridas, mas também das condutas médicas adotadas nos atendimentos iniciais. A expectativa é de que as autoridades investiguem tanto a responsabilidade dos agressores quanto possíveis falhas no suporte prestado à vítima.
O caso expõe, de forma dolorosa, a necessidade urgente de políticas de prevenção à violência escolar e de protocolos mais rígidos para garantir que nenhuma criança sofra consequências irreparáveis por falta de acolhimento adequado.