Em mais um discurso polêmico e direto, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou suas críticas ao Brasil, acusando o país de ser um “péssimo parceiro comercial” e de impor tarifas abusivas contra produtos americanos. A declaração, que rapidamente repercutiu no cenário internacional, acendeu debates sobre as relações econômicas entre as duas maiores economias do continente.
🗣️ “O Brasil tem sido um péssimo parceiro comercial em termos de tarifas. Como vocês sabem, eles nos cobram tarifas altíssimas, muito, muito mais do que nós cobrávamos deles”, disse Trump, em tom de indignação, durante um evento político.
A fala reforça uma linha de discurso que Trump já havia adotado durante seu mandato, quando buscou rever acordos comerciais considerados “desvantajosos” para os Estados Unidos. Embora não tenha apresentado números específicos no momento, o ex-presidente deu a entender que, caso retorne ao comando da Casa Branca, pretende rever as relações comerciais com o Brasil e impor medidas retaliatórias.
Especialistas em comércio exterior lembram que, de fato, alguns setores brasileiros possuem tarifas mais altas para produtos importados, especialmente em áreas como automóveis, tecnologia e equipamentos industriais. No entanto, analistas ponderam que o comércio entre Brasil e EUA é complexo, envolvendo tanto barreiras tarifárias quanto não tarifárias, além de negociações que dependem de contextos políticos e econômicos globais.
A reação no Brasil foi imediata. Empresários e representantes do agronegócio — setor que depende fortemente das exportações para os EUA — demonstraram preocupação com a possibilidade de retaliações americanas. Já membros do governo brasileiro, de forma reservada, afirmaram que as declarações de Trump fazem parte de sua retórica política, mas que qualquer ameaça de mudança nas relações comerciais deve ser monitorada de perto.
O comércio entre Brasil e Estados Unidos movimenta bilhões de dólares por ano, abrangendo desde produtos agrícolas, como soja e café, até aviões, aço e derivados de petróleo. Os EUA são um dos principais destinos das exportações brasileiras, e, ao mesmo tempo, um grande fornecedor de insumos industriais e tecnologia para o país.
O tom duro de Trump também foi interpretado como um recado a outros países, reforçando seu posicionamento de que os EUA não devem aceitar acordos que ele considera “injustos”. Se a intenção era chamar atenção, ele conseguiu: o pronunciamento já repercute em veículos internacionais e provoca apreensão no setor comercial.
Com o cenário eleitoral americano se aproximando, a fala pode indicar que, caso eleito novamente, Trump priorizará uma política externa agressiva e focada em renegociar acordos, mesmo que isso signifique aumentar tensões com aliados estratégicos, como o Brasil.
