Moradores da comunidade do Gogó da Ema, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, relataram na noite deste domingo (19) a chegada de um grupo com mais de 50 traficantes fortemente armados, supostamente ligados à facção Comando Vermelho (CV).
De acordo com os relatos, os criminosos estariam usando roupas camufladas, portando fuzis, pistolas e granadas, e se posicionando em pontos estratégicos da comunidade, o que indica uma possível tentativa de tomar território rival. Moradores afirmam que o clima é de pânico e apreensão, com muitas pessoas se trancando em casa e evitando circular pelas ruas.
As informações iniciais indicam que o grupo teria chegado em comboios pela região conhecida como Areia Branca, seguindo em direção ao interior do Gogó da Ema. O movimento intenso e o barulho de tiros esporádicos aumentaram o medo entre os moradores, que relatam uma verdadeira preparação para confronto armado.
Segundo fontes locais, a ação seria parte de uma disputa territorial entre facções criminosas que dominam áreas da Baixada Fluminense. O Comando Vermelho tenta expandir seu controle sobre comunidades atualmente dominadas por grupos rivais, o que tem provocado uma onda de violência nas últimas semanas em diferentes pontos de Belford Roxo.
Ainda não há informações oficiais sobre a presença de forças de segurança na região neste momento. Moradores afirmam que o policiamento é escasso e que a entrada de viaturas é rara, devido ao alto risco de emboscadas. O medo é que, a qualquer momento, um intenso confronto armado possa se iniciar, colocando em risco a vida de famílias inteiras.
Enquanto isso, grupos de mensagens e redes sociais estão sendo utilizados por moradores para alertar uns aos outros sobre os pontos mais perigosos e possíveis rotas de fuga. “Está cheio de homens armados, vestidos de camuflado, parece um exército. A gente só escuta o barulho de passos e motos subindo o morro”, relatou uma moradora, que preferiu não se identificar por segurança.
A situação permanece tensa, e os moradores pedem intervenção imediata das autoridades para evitar uma tragédia ainda maior na comunidade do Gogó da Ema, que mais uma vez vive uma noite de medo e incerteza.