Mais um episódio de violência brutal chocou os moradores de Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, neste domingo de Páscoa (2025). Paulo César, já conhecido da polícia por um crime bárbaro cometido em 2015, voltou a atacar — desta vez, sua própria sobrinha e o namorado dela foram os alvos.
O histórico de Paulo César é marcado por uma trajetória de agressões e tragédias. Em 2015, ele assassinou Jéssica, então com apenas 21 anos e sua companheira na época. Segundo relatos da família e documentos médicos, Jéssica já vinha sendo vítima de agressões frequentes. Em uma dessas ocasiões, ela sofreu lesões graves que resultaram em coágulos no cérebro. Mesmo após alertas feitos por médicos sobre os riscos, Paulo seguiu com os abusos até que, em um ato extremo de violência, tirou a vida da jovem.
A brutalidade não parou por aí. Anos depois, Paulo tentou matar a cunhada, irmã de Jéssica, com uma facada no pescoço — mais uma tentativa de homicídio que escancarava o perigo que ele representava para a família da vítima.
No entanto, mesmo com esse histórico, Paulo César continuava em liberdade. E agora, uma nova tentativa de homicídio reforça o medo da família: no último domingo, ele atirou contra a sobrinha de Jéssica e o namorado dela. A jovem foi atingida de raspão, escapando por pouco de um ferimento grave. Já o rapaz foi baleado na perna, e a bala ficou alojada, exigindo atendimento médico urgente.
A ação foi rápida e covarde, e felizmente, Paulo foi preso em flagrante pela polícia. Ele foi encaminhado para a 34ª DP (Bangu), onde permanece detido por enquanto. No entanto, a prisão não trouxe alívio para os familiares de Jéssica. O medo é de que, mais uma vez, o agressor consiga a liberdade e volte a cometer novos crimes.
“É como se fosse um pesadelo que nunca acaba. Já perdemos uma filha, quase perdemos outra, e agora ele tenta matar mais dois membros da nossa família. Quantas vidas mais ele precisa destruir para que a Justiça aja com firmeza?”, desabafa um parente da vítima, em entrevista anônima por segurança.
A família pede justiça e faz um apelo às autoridades para que o caso não seja tratado como apenas mais um número nas estatísticas da violência. O histórico de Paulo César revela um padrão de agressividade e reincidência que, segundo especialistas em segurança pública, exige medidas mais rigorosas e preventivas.
Enquanto isso, os familiares vivem com medo, aguardando por uma decisão judicial que finalmente imponha limites reais a esse ciclo de violência.
O caso será investigado como tentativa de homicídio e reincidência de violência doméstica e familiar, com base na Lei Maria da Penha e no Código Penal. A sociedade agora aguarda: será que, desta vez, a Justiça impedirá um novo desfecho trágico?
