O desaparecimento de Kelvin, pai de duas meninas, morador do Jardim Maravilha em Guaratiba, trabalhador como Moto Uber, tem causado desespero em sua família e revolta entre amigos e conhecidos. Kelvin saiu de casa na última terça-feira (11 de março) para trabalhar e foi visto pela última vez por volta das 20h na comunidade do Cesar Maia, em Vargem Pequena, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Antes de desaparecer, ele entrou em contato com a esposa informando que faria uma corrida dentro da comunidade. No entanto, desde então, ninguém teve mais notícias dele. Relatos apontam que Kelvin teria sido reconhecido por um antigo morador do Jardim Maravilha, conhecido como VT, que hoje faz parte do tráfico de drogas da região. Infelizmente, ele teria sido executado simplesmente por morar em uma área controlada por milicianos.
A família está desesperada e faz um apelo emocionante por informações sobre o paradeiro do corpo de Kelvin. Sem qualquer notícia concreta, sua esposa vive um pesadelo sem fim, sem ao menos a possibilidade de lhe dar um enterro digno. “Ele era um homem trabalhador, pai de família, só queria garantir o sustento das nossas filhas. Não merecia esse destino”, lamenta a esposa.
A comunidade tem se mobilizado para tentar encontrar respostas, mas o medo de represálias dificulta que informações cheguem até a família. “Infelizmente, essa é uma realidade cruel que enfrentamos. As disputas entre facções e milícias transformam inocentes em vítimas. Kelvin era um homem de bem e não merecia isso”, disse um morador que preferiu não se identificar.
A polícia foi acionada e investiga o caso, mas até o momento não houve nenhuma resposta concreta sobre o paradeiro de Kelvin. A família segue apelando para que qualquer pessoa que tenha informações entre em contato anonimamente para ajudar a encontrar seu corpo.
Enquanto isso, a dor da incerteza assola a esposa e as duas filhas de Kelvin, que ainda têm esperança de, ao menos, se despedirem de seu ente querido. O caso reforça a violência brutal que assola diversas regiões do Rio de Janeiro, onde a divisão de territórios por grupos criminosos continua fazendo vítimas inocentes. A esperança é que a família de Kelvin tenha uma resposta o mais rápido possível e que sua memória seja honrada com dignidade.